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sábado, janeiro 23, 2010

A festa das propagandas nas camisas de futebol

Atualmente, todos os clubes de futebol do mundo dispõem de um bom patrocinador para gerar receitas que possibilitem a formação de um bom elenco. Dificilmente encontraremos hoje, um time que não tenha estampado em sua camisa a marca de uma empresa. Concordo com essa estratégia, pois essa é a principal fonte de renda das agremiações brasileiras.

O problema é que os clubes descobriram que seus uniformes podem ser um grande balcão de anúncios. E de uns tempos para cá, estão encaixando patrocinadores em todos lugares que ofereçam visibilidades na mídia.

Aceito a exposição de UMA marca, e ainda assim, que seja respeitada as tradicionais cores das Instituições. Digo isso, pois o que foi feito na camisa do Cruzeiro é um absurdo. A inserção de uma propaganda de cor laranja, é uma total falta de consideração com os torcedores do clube, que estão acostumados a ver seu manto em azul e branco.

Pior deve ser o que o Corinthians está para apresentar este ano. Andrés Sanches, presidente do Timão, já avisou que irá fazer R$ 50 milhões de reais em patrocínio. Seja com um ou dez se for o caso.

O mais absurdo foi a atitude da direção do Passo Fundo, do Rio Grande do Sul. O clube criou o plano de vender aos patrocinadores, todas as camisas do elenco. Assim, cada jogador terá exposto em sua camisa um investidor diferente.

Na contramão dessas ideais mirabolantes, estão os empresários do Banco Hipotecario Nacional, da Argentina. Após comprar a cota máxima de anúncios da camisa do Racing Club Avellaneda, a instituição financeira optou por não expor sua marca na camisa do clube. "Nós devolvemos a camisa à torcida" diz o slogan da empresa, numa referência de dar ao torcedor, o uniforme do Racing apenas com o escudo da equipe.

Cabe a nós rezarmos para que essa fórmula chegue aos investidores brasileiros. Pois não há nada mais bonito do que termos nossos uniformes verdadeiramente identificados.

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